segunda-feira, 30 de julho de 2012

Um ano sem Amon

Acordei hoje com um friozinho na barriga. Uma mudança de clima interior. Pressentimento. Aula na escola. Assunto: Valores Humanos. Propositalmente iniciei com AMIZADE. Cantei pros meus alunos a Canção da América. Senti uma energia boa vindo deles na sua concentração. Chorei. Chorei sem que percebessem. Engoli. Pressentimento ainda no fim da manhã. Em casa no almoço encontro Davi doentinho. Super febril. Náuseas no meu corpo. Sem cantoria e sem aula vespertina. Nesse tempo, foi medicado, e neste momento que escrevo, ele  parece bem  melhor. Mas ainda aquele friozinho na barriga está me incomodando e  um choro querendo chegar, e veio. Veio por conta de uma fragilidade que se ajuntou a uma saudade. Hoje, um ano que Amon nos deixou fisicamente. Um amigo lindo. Lembrei dele com uma nostalgia luminosa e vibrei. Nunca conheci uma pessoa como ele. Um homem como ele. Um menino como ele. Uma criança como ele. Era assim, cheio de "devir" como disse  o filósofo Gilles Deleuze.

Poucos dias da sua partida, com minha máquina digital gravei. Pus o play back no microsystem e cantei a Canção da América. Transportei o áudio e  montei um vídeo com fotos em homenagem aquele amigo que partiu.  Reassisto sempre quando me lembro de alguma peraltice do "Rasga"e me emociono muito ainda, porque sei que tudo foi  de verdade. Cada momento foi intenso e luminoso. E é confortante cantar os versos de Milton Nascimento e Fernando Brant  que diz: "Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar, qualquer dia amigo a gente , vai se encontrar."



Um ano sem você
Um ano já passou
Um ano é multo tempo prá quem amou
Quando a saudade vem
Não tem explicação
Queima por dentro
Chora meu coração 
Depois a sensação
De que perdi a paz
E essa distância 
Agora me dói de mais 


I  miss you!

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