Hummmmm!!! Demorei pra escrever sobre isso. O
tempo me foi curto. Vivi cada cena e preferi curtir todas as minhas emoções
quase sem blogar. Mas aqui estou pra falar sobre o lançamento do primeiro curta
de que meu lindo e talentoso filho, Davi Lisboa, participou (corujação em
ação!). Aqui no blog tem toda uma trajetória que envolve meu lirismo ao fazer artístico
da sétima arte. Futuca aí as postagens desde fevereiro que vai achar muita
coisa sobre essa novidade em nossas vidas.
Depois de um processo longo de edição, eis que
chega o dia do lançamento. Os sites bombaram informando a notícia. A data
escolhida pra cidade de Ipiaú, 12 de outubro de 2014, Dia da Criança, domingo.
Um presente pros infantos. Foi na Câmara de Vereadores, lugar com capacidade
pequena pra tanta gente que quis ir lá prestigiar. Chamei a vizinhança, os
colegas, alunos meus. Chamei Ipiaú pra ir lá ver a estreia, às 18 horas. Como
disse Carlinhos: " Ipiaú todo vai querer assistir." Gente foi
chegando, crianças, jovens, adultos, idosos. Os curiosos, os sonhadores, os
apaixonados pelo cinema, os amigos. Foi uma reunião super colorida. As mães
Cicília e Silvana, dos atores Maria Luiza e Gustavo, respectivamente, se
hospedaram em minha casa em meio a uma bagunça saudável em prol da comunhão, pro
tão esperado e chegado dia.A minha tia caçula paterna Joce e minha prima
Camille Ruas, vieram de Santo Antonio de Jesus-BA nos trazendo boas energias.
Fomos todos embecados. Roupa nova pro dia.
Partimos de casa uma hora antes. Fotos, conversas, brincadeiras, euforia,
espera...
Começou com as honras e os agradecimentos.
Edson Bastos, o Produtor Executivo estava supergato. Foi o dono da palavra de
início. Manifestou a sua alegria e discorreu perfeitamente. Citou os
patrocinadores. Em especial, eu também agradeço imensamente a Alípio Alves Jr,
o proprietário da Doce Mel Polpas de Frutas, pela amizade e reconhecimento; a
José Mendonça, ex- prefeito de Ipiaú e ao Colégio Dom Bosco, nas pessoas de
Vanda, Regina e Ana Maria. Foram eles os patrocinadores daqui de Ipiaú.
Agradeço também à professora Mirian Cunha por ter me emprestado a bandeira de
Ipiaú, que fez parte do cenário. Levei e trouxe em perfeito estado.(rsrs).
Agradeço imensamente a Henriquinho, pela oportunidade em "alumiar"
o nosso caminhar.
Em seguida, o diretor do filme, Henrique Filho,
nos presenteou com uns dizeres , não tão demorados. Estávamos todos ansiosos.
Não poderia queimar etapa. Sabia que as crianças, especialmente os colegas do
protagonista, estavam todos eufóricos, roendo unha, querendo logo que aquele
blá blá blá acabasse e chegasse de fato nos finalmentes. Eles estavam
orgulhosos pelo colega. Até faixa o Colégio Dom Bosco providenciou. Ficou linda
a homenagem! Outras palavras foram ditas por outros presentes. Regina, Vanda,
Henrique (pai), Isaías, as crianças do filme. Foi um falatório danado. E nada
de começar o tão esperado... Mas o blá blá blá chegou ao fim.
Foi num telão pequeno.Telão pequeno? Reparo
então. Foi numa telinha de mais ou menos 2,5m x 2m. que o filme foi projetado.
Começou com o making off. Até eu apareci deixando minha marca. Frase que disse:
O sonho é a roda gigante que faz a vida girar. Metaforizei... Fui no parque de
diversão buscar essa inspiração.(rsrsr) Por fim, depois de 6 minutos. Luz,
Câmera , Ação. Começou o filme.
Cena linda, forte e engraçada é o começo de
tudo. Meu menino de bigode e boina. Afff, que coisa , viu?! Engoli um soluço, e
respirei. O filme foi passando e meus olhos embebidos e brilhantes. A poeta,
escritora e professora da UNEB de Brumado, Daniela Galdino, disse-me, depois
que tudo passou, que estava me " filmando." Estava assistindo às
minhas reações. Acho que me comportei bem, embora meu coração batesse conforme
o ensaio do Olodum. Sou uma mãe corujona, amante da arte e apostadeira da vida.
Não tinha como ser diferente. Embora quieta, de pé, não quis sentar-me, por
dentro eu estava rasgando de gritos e pulos... "Uhulllllllllll"
As donas do colégio e professores ficaram
emocionados quando apareceu a cena de Carlinhos na escola. Todos usando o
fardamento dos anos 90. Muito nostálgico rever aquela
fardinha. Bermuda azul turqueza e blusa creme com o slogan Escola de Aplicação
Dom Bosco. A farda escolar mais linda que já vi.
Algumas cenas provocaram o riso. O regionalismo
presente nas falas dos personagens. " Que susto painho! Oxi, Deuzemais!",
" Eu tava na locadora, mainha!" , " Ô rel!".A platéia
gargalhou com o sotaque baiano e a nossa linguagem quase dialetal exposta no
curta. A parte que Carlinhos vai a
prefeitura falar como o gestor municipal , que se nega ajudar o menino, também
arranca risos, pois o mini-cineasta
esbraveja um “ Mão de Vaca”. Ouvi murmurinho de comparação com a gestão atual. Outra cena que fez os assistidores vibrar foi quando apareceu Seu Joaquim contando
dinheiro, as notas de um real. Cédulas raras que a gente nem se lembrava mais.
Automaticamente na hora em que o dinheiro surgiu na tela, perguntaram em
coro: " Onde acharam isso?" Houve de fato um envolvimento, uma
interação da ficção com a realidade.
A galera estava sempre na torcida pra que Carlinhos
conseguisse realizar o sonho dele. A platéia ficava toda atenta. Eu, como
observadora, olhava a tela, os atores mirins assistindo pela primeira vez, o diretor , os meus amigos , minha mãe, e demais gente.
Analisava a reação de cada um, mesmo com meu coração em tempo de pular pela
boca. Senti um aperto no peito, nós e mais nós que desciam pela garganta.
Parecia magia aquilo tudo!
O filme chegava perto do fim, e o Carlinhos
arrancava lágrimas dos atentos espectadores. Ele chorava de lá, Davi e Jaiane
(atriz mirim) choravam de cá. E eu tentava controlar pra não borrar os
olhos pintados, mas meu nariz denunciava o meu choro. Cena poética acompanhada
de uma trilha sonora lindíssima, composta pelo NEOJIBA (Núcleos Estaduais de
Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). Muita gente se exauriu em lágrimas!
E o curta fez jus ao nome, e acabou bem na hora
que todos esperavam algo mais. A metalinguagem adentrou a tela e o gostinho
de quero mais ficou instalado. Todos aplaudiram, e satisfeitos vieram ao meu abraço,
ao abraço das crianças, dos diretores. Abracei a mãe do real Carlinhos,
Edilene, e ela abraçou a mim. Um abraço de completude, de encontro de almas, de agradecimento mútuos. A platéia provocou um show
pirotécnico e literário. Bombardeios de emoções ecoavam no palmar daquela gente
luminosa. Agradecimentos sem fim. Alvoroço, esvaziamento, e quem tava fora,
entrou pra segunda sessão.
Enquanto cá, em Ipiaú, a gente assistia ao
filme, lá no II Curta Vale em Riachão do Jacuípe, "O Filme de
Carlinhos" recebia 3 prêmios: Melhor Roteiro, Melhor Direção e Davi
recebendo o prêmio de Melhor Ator. Começou no lucro.
Salve, salve o cinema brasileiro! Salve, salve.
o cinema baiano! Salve, salve, todos os Carlinhos que acreditam e realizam seus
sonhos!
E depois desse lançamento, teve exibição numa telona em Salvador, no dia 03 de novembro. Foi incrível! Uma emoção arretada se repetindo. Depois em Rio de Janeiro, Macaé, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Chile. Pará... O filme está circulando por aí. Bom isso né? Eu acho óóóóóóótimooooo!
Homenagem do Colégio |
Malu, Davi, Jaiane e Gustavo |
Platéia |
Vanda e Regina, diretoras do Colégio Dom Bosco |
Isaias Neto, making of |
Diretor Henrique |
Espectadores |
Atores |
Edson Bastos |
Atores Mirins , Produtor Executivo e Diretor Henrique Filho |
Familia Minha. Mâe, amiga de mãe Dona Xanda, e lá atrás Nazinha |
As mães dos atores: Eu, Cicília e Silvana |