segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Lançamento do Curta O filme de Carlinhos



Hummmmm!!! Demorei pra escrever sobre isso. O tempo me foi curto. Vivi cada cena e preferi curtir todas as minhas emoções quase sem blogar. Mas aqui estou pra falar sobre o lançamento do primeiro curta de que meu lindo e talentoso filho, Davi Lisboa, participou (corujação em ação!). Aqui no blog tem toda uma trajetória que envolve meu lirismo ao fazer artístico da sétima arte. Futuca aí as postagens desde fevereiro que vai achar muita coisa sobre essa novidade em nossas vidas.

Depois de um processo longo de edição, eis que chega o dia do lançamento. Os sites bombaram informando a notícia. A data escolhida pra cidade de Ipiaú, 12 de outubro de 2014, Dia da Criança, domingo. Um presente pros infantos. Foi na Câmara de Vereadores, lugar com capacidade pequena pra tanta gente que quis ir lá prestigiar. Chamei a vizinhança, os colegas, alunos meus. Chamei Ipiaú pra ir lá ver a estreia, às 18 horas. Como disse Carlinhos: " Ipiaú todo vai querer assistir." Gente foi chegando, crianças, jovens, adultos, idosos. Os curiosos, os sonhadores, os apaixonados pelo cinema, os amigos. Foi uma reunião super colorida. As mães Cicília e Silvana, dos atores Maria Luiza e Gustavo, respectivamente, se hospedaram em minha casa em meio a uma bagunça saudável em prol da comunhão, pro tão esperado e chegado dia.A minha tia caçula paterna Joce e minha prima Camille Ruas, vieram de Santo Antonio de Jesus-BA nos trazendo boas energias.

Fomos todos embecados. Roupa nova pro dia. Partimos de casa uma hora antes. Fotos, conversas, brincadeiras, euforia, espera...


Começou com as honras e os agradecimentos. Edson Bastos, o Produtor Executivo estava supergato. Foi o dono da palavra de início. Manifestou a sua alegria e discorreu perfeitamente. Citou os patrocinadores. Em especial, eu também agradeço imensamente a Alípio Alves Jr, o proprietário da Doce Mel Polpas de Frutas, pela amizade e reconhecimento; a José Mendonça, ex- prefeito de Ipiaú e ao Colégio Dom Bosco, nas pessoas de Vanda, Regina e Ana Maria. Foram eles os patrocinadores daqui de Ipiaú. Agradeço também à professora Mirian Cunha por ter me emprestado a bandeira de Ipiaú, que fez parte do cenário. Levei e trouxe em perfeito estado.(rsrs). Agradeço imensamente a Henriquinho, pela oportunidade em "alumiar" o nosso caminhar.

Em seguida, o diretor do filme, Henrique Filho, nos presenteou com uns dizeres , não tão demorados. Estávamos todos ansiosos. Não poderia queimar etapa. Sabia que as crianças, especialmente os colegas do protagonista, estavam todos eufóricos, roendo unha, querendo logo que aquele blá blá blá acabasse e chegasse de fato nos finalmentes. Eles estavam orgulhosos pelo colega. Até faixa o Colégio Dom Bosco providenciou. Ficou linda a homenagem! Outras palavras foram ditas por outros presentes. Regina, Vanda, Henrique (pai), Isaías, as crianças do filme. Foi um falatório danado. E nada de começar o tão esperado... Mas o blá blá blá chegou ao fim.

Foi num telão pequeno.Telão pequeno? Reparo então. Foi numa telinha de mais ou menos 2,5m x 2m. que o filme foi projetado. Começou com o making off. Até eu apareci deixando minha marca. Frase que disse: O sonho é a roda gigante que faz a vida girar. Metaforizei... Fui no parque de diversão buscar essa inspiração.(rsrsr) Por fim, depois de 6 minutos. Luz, Câmera , Ação. Começou o filme.


Cena linda, forte e engraçada é o começo de tudo. Meu menino de bigode e boina. Afff, que coisa , viu?! Engoli um soluço, e respirei. O filme foi passando e meus olhos embebidos e brilhantes. A poeta, escritora e professora da UNEB de Brumado, Daniela Galdino, disse-me, depois que tudo passou, que estava me " filmando." Estava assistindo às minhas reações. Acho que me comportei bem, embora meu coração batesse conforme o ensaio do Olodum. Sou uma mãe corujona, amante da arte e apostadeira da vida. Não tinha como ser diferente. Embora quieta, de pé, não quis sentar-me, por dentro eu estava rasgando de gritos e pulos... "Uhulllllllllll"

As donas do colégio e professores ficaram emocionados quando apareceu a cena de Carlinhos na escola. Todos usando o fardamento dos anos 90. Muito nostálgico rever aquela fardinha. Bermuda azul turqueza e blusa creme com o slogan Escola de Aplicação Dom Bosco. A farda escolar mais linda que já vi.

Algumas cenas provocaram o riso. O regionalismo presente nas falas dos personagens. " Que susto painho! Oxi, Deuzemais!", " Eu tava na locadora, mainha!" , " Ô rel!".A platéia gargalhou com o sotaque baiano e a nossa linguagem quase dialetal exposta no curta.  A parte que Carlinhos vai a prefeitura falar como o gestor municipal , que se nega ajudar o menino, também arranca risos, pois o mini-cineasta  esbraveja um “ Mão de Vaca”. Ouvi murmurinho de comparação com a gestão atual.  Outra cena que fez os assistidores vibrar foi quando apareceu  Seu Joaquim contando dinheiro, as notas de um real. Cédulas raras que a gente nem se lembrava mais. Automaticamente na hora em que o dinheiro surgiu  na tela, perguntaram em coro: " Onde acharam isso?" Houve de fato um envolvimento, uma interação da ficção com a realidade. 

A galera estava sempre na torcida pra que Carlinhos conseguisse realizar o sonho dele. A platéia ficava toda atenta. Eu, como observadora, olhava a tela, os atores mirins assistindo  pela primeira vez, o diretor , os meus amigos , minha mãe, e demais gente. Analisava a reação de cada um, mesmo com meu coração em tempo de pular pela boca. Senti um aperto no peito, nós e mais nós que desciam pela garganta. Parecia magia aquilo tudo!

O filme chegava perto do fim, e o Carlinhos arrancava lágrimas dos atentos espectadores. Ele chorava de lá, Davi e Jaiane (atriz mirim) choravam de cá. E eu tentava controlar pra não borrar  os olhos pintados, mas meu nariz denunciava o meu choro. Cena poética acompanhada de uma trilha sonora lindíssima, composta pelo NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). Muita gente se exauriu em lágrimas!

E o curta fez jus ao nome, e acabou bem na hora que todos esperavam algo mais. A metalinguagem adentrou a tela e o gostinho de quero mais ficou instalado. Todos aplaudiram, e satisfeitos vieram ao meu abraço, ao abraço das crianças, dos diretores. Abracei a mãe do real Carlinhos, Edilene, e ela abraçou a mim. Um abraço de completude, de encontro de almas, de agradecimento mútuos. A platéia provocou um  show pirotécnico e literário. Bombardeios de emoções ecoavam no palmar daquela gente luminosa. Agradecimentos sem fim. Alvoroço, esvaziamento, e quem tava fora, entrou pra segunda sessão. 

Enquanto cá, em Ipiaú, a gente assistia ao filme, lá no II Curta Vale em Riachão do Jacuípe, "O Filme de Carlinhos" recebia 3 prêmios: Melhor Roteiro, Melhor Direção e Davi recebendo o prêmio de Melhor Ator. Começou no lucro.

Salve, salve o cinema brasileiro! Salve, salve. o cinema baiano! Salve, salve, todos os Carlinhos que acreditam e realizam seus sonhos!

                                               
E depois desse lançamento, teve exibição numa telona em Salvador, no dia 03 de novembro. Foi incrível! Uma emoção arretada se repetindo. Depois em Rio de Janeiro, Macaé, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Chile. Pará... O filme está circulando por aí.  Bom isso né? Eu acho óóóóóóótimooooo!
Homenagem do Colégio

Malu, Davi, Jaiane e Gustavo

Platéia


Vanda e Regina, diretoras do Colégio Dom Bosco

Isaias Neto, making of


Diretor Henrique

Espectadores

Atores


Edson Bastos


Atores Mirins , Produtor Executivo  e Diretor Henrique Filho

Familia Minha. Mâe, amiga de mãe Dona Xanda, e lá atrás Nazinha
As mães dos atores: Eu, Cicília e Silvana