Montamos, eu, Adeline,
Luciane, Rita e Fernanda, em uma tarde, uma oficina de contação de história para
créditos da disciplina do último módulo: Contação de Histórias: arte e
estratégia do curso de Pós Graduação em Literatura Infanto-Juvenil!
da UNEB -Universidade Estado da Bahia- Campus XXI- Ipiaú-BA.
Colocamos o nome de Oficina Cante e Brinque. O nosso intenção foi proporcionar às
crianças e a nós, oficineiros, a interação com diversas linguagens e vivenciar
a alquimia som, imagem e palavras, numa perspectiva lúdica através da arte
de contação de histórias.
Elaboramos a Oficina
tendo como instrumento de trabalho o conto O Coelhinho
esquisito descobriu que é bonito, de Lu Chamusca. Esse texto foi
escolhido por ter uma construção de escrita simples, cujo enredo toma como
ponto central o conflito de um coelhinho, por meio do qual a realidade e o
maravilhoso juntam-se para dar lume a um final compensador a quem ousa
engajar-se e a enfrentar a adversidade, e por apresentar um tema vivênciado por muitas crianças nas nossas escolas e fora dela: a baixa-auto-estima!
O conto é construído
com o intuito de prender a atenção da criança, entretê-la e instigar a sua
curiosidade, valendo-se de figuras de animais, enriquecendo e
estimulando a imaginação do público infantil, auxiliando na formação do seu
caráter, dissipando as confusões de suas emoções e trazendo propostas que
viabilizem a solução dos seus problemas, e traz em sua constituição sentimentos
tais como: emoções, sentimentos e ideias, todos em formato de simbologias,
comparações metafóricas e alegorias que têm função imagética no texto.
Equipe cênica da dramatização do conto.
A oficina foi projeta para
trabalhar com crianças de 04 a 10 anos, tendo a dramatização como um gênero
textual para apresentação do conto. Com a leitura prévia do texto, selecionamos
os personagens e montamos a oficina tendo como objetivo elevar a auto-estima
proporcionando lazer, entretenimento, interação relaxamento e aprendizagem e o
prazer de viver. Além do conto, tivemos a música e a brincadeira como
elementos para tornar a oficina mais lúdica e aconchegante.
Durante o desenvolvimento da oficina foi possível ver a
felicidade de grande parte dos alunos por terem participado. As crianças
exibiam seus sorrisos após cada vivência. As atividades
propostas eram realizadas de forma prazerosa.
Acreditamos ter conseguido envolver quase todos os alunos no
processo de maneira ativa e participativa, emitindo opiniões e respostas
elaboradas a partir do que foi visto, criando seus próprios
conhecimentos. Através deste trabalho, segundo alguns professores
acompanhantes, conseguimos fazer algumas crianças que nunca participaram de
nenhuma atividade lúdica na escola, atuarem conosco nas nossas
brincadeiras.
Público Alvo - Alunos da Escola Municipal Florentino Pinheiro |
O uso de recursos como CD,
aparelho de som e fantasias, deixou-os excitados, e ao mesmo tempo
curiosos com o que iriam ver e aprender. Todas as atividades foram elaboradas
de forma a permitir que eles encontrassem as respostas a partir da
interação com o outro.
Oficineiros e personagens do Conto |
No primeiro momento recebemos mais de 40 crianças na nossa sala, e
iniciamos a oficina com um alegre bate-papo sobre histórias que eles já
conheciam. Foi uma conversa muito prazerosa. Em seguida fomos ao conto
escolhido para a dramatização, pois o tempo era curto. As crianças
ficaram encantadas com a presença de Davi, meu filho, fantasiado de macaquinho.
Ele fez parte da dramatização. Decorou a sua fala direitinho.
O macaquinho festeiro |
Queria ter asas de passarinhos |
Lelé ficou triste! |
"Acorda passarinho azul, venha ver..." |
Depois da contação da
história desenvolvemos atividades lúdicas usando a música. Fizemos duas
dinâmicas. A lagartixa e o calango verde e O Ursinho Carinhoso, ambas canções
são de autoria da arte-educadora Lu Chamusca.
A oficina foi bastante
proveitosa, as crianças se sentiram felizes participando das atividades.
.
Por
fim, quando sentamos pra respirar e avaliar a oficina, percebemos que, mesmo no tempo pós-moderno aonde a tecnologia ganha cada vez mais espaço na vida
do homem, o ato de contação de história vai ganhando um novo formato. Os
contadores de histórias atuais utiliza-se de diferentes ingredientes para
perpetuar essa arte e deixá-la prazerosa tanto pra quem ouve quanto para quem
conta. A entonação da voz, os figurinos temáticos e objetos
chamativos são os recursos utilizados para deixar o ambiente mais desejoso.
Para
muitos, somente crianças tem interesse em participar dessas oficinas de
contação, mas mesmo com dificuldade de assumir, o adulto também gosta de ouvir
histórias. A diferença de um para o outro é que a criança conserva a
curiosidade porque possui um descompromentimento no saber. Sentimos
isso durante a execução da oficina. Tanto as crianças quantos os
adultos(professores acompanhantes) estiveram atentos a contação da história e
de forma sutil interagiram com os oficineiros. Os adultos também liberam a
criança que tem dentro de si.
A
oficina nos fez constatar que ainda é viva a curiosidade e a receptividade dos
ouvintes no arte do contar história, independente da faixa etária,
pois o contador torna-se um ser venerado e admirado por espalhar o prazer por
meio das histórias e por levar o individuo a refletir, identificar-se e a
reconhecer-se a si mesmo, constituindo-se de instrumento que possibilita o
autoconhecimento e conhecimento do mundo.
Deste
modo, tornar vivo a arte de contar história é de suma importância, pois o homem
tem uma necessidade viva de fazer-se histórico.
Felizes
e cansados terminamos a nossa auto-avaliação!
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